Perpétuo Inverno
Tudo começou quando o meu coração parou...
Pelo abraço envolvente do anjo de gelo que me encantou:
Quebrou, se fragmentou, se partiu e espatifou...
Como agasalho que retém o amor, o calor que dá vida, isso o anjo tirou.
Seu abraço me afaga para o frio, ao contrário do que deveria.
Me mantém longe do calor da vida.
Procurando um fogueira branda que me aqueça, vejo apenas brasa fria.
E o pouco de coração que me sobra já não bate o quanto deveria...
Assim sinto que espalhado sofro menos.
Enquanto perdido, encontro leveza na tristeza de viver.
E o calor que me rodeia não sacia o frio, que nem o desejo de a ter.
Mas aos poucos junto os pedaços do dito cujo,
Que mesmo congelado e quase morto ainda tem força de bater.
E os cortes cicatrizam inibindo o sentimento e conservando o desejo de te ver, após esse frio passar...
-Iktsuarpok
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