Fogueira branda
Chama que consome tudo aquilo que envolve.
Como abraço terno que te ofereço em noite fria.
Ausência de vida? Ou será que é sentimento?
Braços abertos me recebem com o frio dos traidores (memento).
Vento que sopra a morte, o abandono e o receio.
Sem nada que me aqueça pereço junto ao sofrimento,
Mas a chama acessa apagar-se aos poucos vai.
E a brasa arde deixando essa sina para trás.
Tem talento aquela que amava, pois me apaga a toda hora,
E o medo que passa é o de nunca achar lá fora.
Alguém que me faça fogueira ardente sem ser brasa.
A amada ofereço companhia e afeto. mesmo só,
Recebo o inverno comprido, sem luz e sem sol.
E com isso recito, tal soneto escrito com fumaça e com pó.
-Iktsuarpok
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